A escola em período integral oferece a possibilidade do desenvolvimento e da formação completa do aluno. Para isso, no entanto, é preciso investir em qualidade e atividades que estejam em harmonia com um currículo interdisciplinar.
A proposta de ampliar o tempo do aluno na escola parece ter chegado para ficar. De um lado, a necessidade, pais e mães trabalham o dia todo e precisam de um lugar seguro no qual seus filhos sejam desafiados a aprender. De outro lado, a mudança da forma como enxergamos o ensino formal. A escola deixa de ser um espaço pedagógico centrado em competências específicas e assume o papel de trabalhar a formação integral do aluno, que contempla todo o seu desenvolvimento.
A pedagoga Janesley Rank, que atua no Centro de Desenvolvimento Cognitivo do Paraná e já participou de experiências de implantação de ensino integral. Afirma que;
"Sabemos que quanto maior o tempo do educando no espaço socioeducativo, maior será a contribuição nas diferentes dimensões, como a afetiva, a ética e a cultural" e "O aluno tem a possibilidade de ampliar o convívio com o 'outro" construir sua autonomia e desenvolver atividades pedagógicas cujo estímulo vai além do aspecto cognitivo"
Aumentar o tempo de permanência na escola, no entanto, é apenas o começo. Para garantir que a formação do aluno seja completa, é preciso extrapolar os conteúdos curriculares. "A educação integral não se caracteriza somente pela ampliação do tempo, mas principalmente em concentrar quantidade e qualidade", explica Audry. "Devemos ampliar as possibilidades e situações que promovam aprendizagens significativas e contribuir para a formação de sujeitos éticos, saudáveis e conscientes de seu papel no mundo", explica Janesley. Qualidade, nesse contexto, é palavra-chave. Segundo Audry, a escola deve oferecer mais do que uma estrutura adequada e orientação educacional. Deve abrir a possibilidade para que a criança e o adolescente façam escolhas de acordo com suas habilidades e interesses ao longo dos anos escolares.
A educadora e mestra em educação Laura Monte Serral defende que a arte tenha papel central na proposta pedagógica. Ela diz que as atividades artísticas são fundamentais porque trabalham com símbolos e o mundo atualmente está muito concreto. Na escola integral, as crianças pequenas devem aprender brincando e, as maiores, terem acesso a todos os tipos de arte: música, dança, literatura, entre outras.
A proposta da escola integral não é nova. Educadores como Anísio Teixeira, Darcy Ribeiro e Paulo Freire já defendiam a ideia há mais de 50 anos. Em países como a Finlândia, a Coreia do Sul, a Irlanda e Cuba, os modelos de educação ampliada estão consolidados e servem de referência para escola do mundo todo. No Brasil, a discussão ganhou força nos últimos anos e  motivou a criação de políticas públicas relacionadas à escola de período integral.
O Programa Mais Educação, do governo federal, prevê a ampliação da jornada escolar e a organização curricular na perspectiva da educação integral. Atualmente, quase 50 mil escolas públicas em todo o país têm atividades o dia todo. No turno  complementar, os alunos têm acompanhamento pedagógico obrigatório, aulas de reforço e praticam esportes e atividades culturais. "Quando a escola tem uma proposta pedagógica adequada, há impacto no rendimento escolar do aluno, na qualidade e no desenvolvimento do país", defende Audry.

Você sabe a diferença?
Os termos são parecidos e, muitas vezes, são usados como sinônimos. Mas basta um olhar atento para perceber que as palavras carregam significados e conceitos completamente diferentes.

Contraturno escolar
As atividades realizadas nesse período são complementares, flexíveis e não têm conexão com o conteúdo pedagógico.

Educação de tempo integral
Refere-se ao horário escolar expandido. O aluno desenvolve atividades na escola por um período de, no máximo, sete horas.

Educação integral
Considera o aluno em todas as suas dimensões; social, cultural, afetiva, espiritual, cognitiva e fisiológica.

Educação integral em tempo integral
Oferece uma formação ampla para o aluno durante um período maior em que ele permanece na escola. é o tempo com qualidade
Fonte: A&E Revista do Sistema Positivo de Ensino ano14 n 23 outubro de 2013
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